top of page

Retinopatia Diabética

Retinopatia Diabética

O que é a retina?

A retina é uma camada extremamente fina que recobre a parte interna do olho, sendo formada por milhões de células nervosas que são responsáveis pela captação da imagem. A imagem recebida pela retina é codificada e enviada através de impulsos elétricos pelo nervo óptico até o cérebro.


O que é retinopatia diabética?

Retinopatia diabética é uma doença que ocorre devido ao dano crônico causado pela diabete aos vasos da retina. Com o tempo, a circulação fica bastante prejudicada, levando à isquemia (que é a falta de oxigênio nos tecidos) e à incompetência dos vasos, que acabam extravasando fluido onde isto não deveria acontecer, levando a edema.


Quais são os sintomas da retinopatia diabética?

Inicialmente, a pessoa não percebe nada, até que a doença já esteja em um estágio relativamente avançado. Aí pode começar a ocorrer embaçamento da visão (dificuldade para ler, ver TV, reconhecer pessoas, etc). Em alguns casos, pode haver embaçamento intenso e súbito da visão (como uma nuvem negra) causado por hemorragia vítrea (presença de sangue no gel interno do olho).


Todo paciente diabético terá retinopatia diabética?

Nem todos os pacientes diabéticos desenvolvem esta doença, mas ela é mais comum em pessoas que têm diabete há bastante tempo, principalmente quando esta é mal controlada. É importante ressaltar que alguns pacientes que não realizam exames médicos com relativa frequência acabam, muitas vezes, descobrindo a diabete quando já estão perdendo a visão.


Esta doença é muito grave?

A retinopatia diabética está entre as principais causas de cegueira irreversível (juntamente com o glaucoma). É realmente uma doença séria e, se não for tratada adequadamente e em tempo adequado, leva geralmente à cegueira.


Como prevenir?

Para prevenir esta doença é necessário manter a diabete controlada da melhor maneira possível e tratar também outros fatores de risco como a hipertensão arterial.


Todo paciente diabético deve fazer uma consulta oftalmológica por ano (esta orientação é válida para os pacientes que não apresentam retinopatia, pois, após o diagnóstico, deve ser feito seguimento conforme orientação para cada caso), a fim de descobrir cedo qualquer sinal de alteração na retina, visto que a única maneira de evitar a perda visual é iniciar o tratamento adequado antes que a visão seja afetada.


Como é a evolução da doença?

A retinopatia é dividida em não proliferativa (leve, moderada e severa) e proliferativa (quadro onde a falta de oxigênio levou ao aparecimento de vasos anormais que causam uma série de problemas, os chamados neovasos).O quadro inicia-se pela não proliferativa, que pode causar perda de visão por edema de mácula e, se não tratada, evolui até a proliferativa, que causa perda de visão geralmente por hemorragia vítrea ou descolamento de retina.


Como é feito o tratamento?

O tratamento envolve uma série de medidas que vão desde o controle adequado da glicemia até cirurgias de alta complexidade.


Tradicionalmente, quando detectada a presença de alteração na retina, pode ser indicada a fotocoagulação a laser, para tratar o edema macular e a retinopatia proliferativa.

Existe uma nova forma de aplicação de laser, chamada micropulso, na qual a energia é aplicada de maneira a não causar cicatrizes na retina, sendo mais segura e podendo ser utilizada na área central da visão.


Atualmente, se faz uso de medicações chamadas de anti-angiogênicas (Avastin, Lucentis, Eylia), que são capazes de reduzir o edema e eliminar os neovasos, tendo trazido grande benefício para os pacientes com retinopatia diabética, que em outros tempos não tinham outra opção terapêutica senão o laser. Conforme o caso, este tratamento deve ser realizado mais de uma vez.


Em casos mais graves (como hemorragias vítreas ou descolamento de retina), é necessário partir para a vitrectomia, cirurgia onde é removido o vítreo (gel que existe dentro do olho), juntamente com o sangue que está misturado nele e a fibrose que está causando o descolamento de retina. Muitas vezes, se associa a vitrectomia com as medicações anti-angiogênicas e o laser.


Conclusão

A retinopatia diabética é uma doença bastante grave. Para evitar perda visual, os pacientes diabéticos devem manter acompanhamento regular, controlar a glicemia e, quando necessário, iniciar o tratamento adequado o quanto antes.


Dr. Mário César Bulla

Médico Oftalmolgista - Cirurgião de Retina

Cremers 28120


  • Instagram
  • YouTube
  • TikTok
  • Facebook
Rua São Joaquim 611 - Sala 1203
Centro - São Leopoldo - RS
Fone: 5198118 5252

©2025 por Dr. Mário Bulla - Cremers 28.120 - Especialista em Retina.

bottom of page